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Pontos de Interesse

Forte da Vinha

O Forte da Vinha, também referido como Fortim da Areosa ou Castelo Velho, localiza-se no lugar de Rego de Fontes, ao sul da enseada de Vinha.

Com o fim da Guerra da Restauração (1640-1668), foi um dos quatros fortes edificados no litoral entre Caminha e Viana do Castelo com o objetivo de reforçar a defesa da costa do Alto Minho.

A função destes fortes era a de coibir as incursões de piratas argelinos e salentinos, então frequentes na costa portuguesa.

Luís Figueredo Guerra (1926) situa este forte na paróquia da “Ariosa”, e denomina-o como “Forte de Rego de Fontes”, a 2 km desta cidade, apontando a data da sua conclusão para 1701. Esclarece que era conhecido em Viana como "Castelo Velho" uma vez que se encontrava abandonado. 

A nível arquitetónico define-se como uma fortificação marítima abaluartada, de pequenas dimensões e alçados simples. Apresenta planta estrelada no estilo maneirista, sendo constituída por 4 baluartes desiguais em cantaria de granito. A face voltada ao mar é de forma curva, nela se localizando a bateria, sendo a face oposta côncava. Nesta rasga-se o portão de armas, em arco de volta perfeita, de aduela central mais saliente.

A sua tipologia estrutural apresenta semelhanças com os fortes de Montedor e do Cão, cuja planimetria constituiu, à época, um avanço no sistema de defesa e vigia. Acredita-se que este conjunto de fortes litorâneos possa ter sido delineado pelo mesmo arquiteto. 

Foi implantado a norte do Forte de Santiago da Barra, em Viana do Castelo, para reforçar o cruzamento de fogo com esta fortaleza, disposta na foz do Lima, e também com o Forte de Montedor. 

Em 1972, a Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) empreendeu uma intervenção de recuperação no Fortim da Areosa, tendo sido construída a porta de acesso e consolidados troços em mau estado. Novas campanhas de obras tiveram lugar no ano seguinte, com a consolidação das bases dos cunhais do lado oeste, atingidos pela ação do mar, e a consolidação do paramento da muralha em vários pontos. O forte foi transferido para a Comissão Regional de Turismo do Alto Minho por auto de cessão de 21 de fevereiro de 1983.

Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 251/70, publicado no Diário do Governo, I Série, n.º 129, de 3 de junho.