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Garrano

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Rede Natura 2000

O habitat do garrano nos sistemas montanhosos do Alto Minho e Galiza.

As manadas de garranos povoam os baldios das montanhas do Noroeste de Portugal e Galiza, onde ainda são criados num regime semisselvagem graças à sua robustez e excelente adaptação a este habitat.  No século XIX, ascendia aos milhares o número de garranos que circulavam nestas serras. Ao longo da primeira metade do século XX, especialmente nas décadas de 30 e 40, a área de dispersão e o efetivo da raça sofreram uma redução progressiva e acentuada, contabilizando-se, em 1948, aproximadamente 40.000 indivíduos, resultado da profunda alteração de modos de vida, sistemas de produção, formas de mobilidade e do abandono rural da segunda metade do século passado. No presente, um efetivo de aproximadamente 1500 garranos habita as áreas mais elevadas das serras do Alto Minho em cotas superiores aos 500 metros de altitude: Santa Luzia (549m), Arga (816m), Peneda (1373m), Amarela (1371m), Gerês (1431m) Cabreira (1256m).

 

Alimentam-se predominantemente em áreas de pastagens naturais de montanha, incluindo espaços arbustivos e prados húmidos. Em virtude de consumirem essencialmente gramíneas fibrosas e incluírem na sua dieta uma percentagem elevada de espécies lenhosas, que outros animais que utilizam estes pastos não conseguem integrar na sua alimentação, contribuem para a preservação da biodiversidade destes ecossistemas. Deste modo, os garranos podem constituir um instrumento biológico para o controlo da expansão excessiva das áreas de matos e espécies invasoras, contribuindo para a biodiversidade ecossistémica e para a redução dos incêndios silvestres.

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